As Dinâmicas de Grupos podem ser uma “arma” para o responsável da área Recursos Humanos: como utilizar de forma eficaz?
As dinâmicas de grupos têm os seus dois lados: podem trazer os seus encantos ou os seus aborrecimentos. É um conceito com um único significado, mas que pode atribuir diferentes sentidos e emoções aos participantes de uma mesma vivência. É um processo que pode trazer “insights”, momento em que o participante compreende a todo um processo em que esteve envolvido por um período; também pode inspirar a novas criações e ideias; pode ser motivacional a uma equipe ou até mesmo trazer grandes conflitos e reviravoltas quando não forem executadas tecnicamente de forma adequada. As dinâmicas de grupos são um ótimo recurso a serem utilizadas. Mas, podem ter efeitos devastadores para algumas pessoas. É necessário que o profissional responsável pela sua criação e aplicação esteja realmente preparado. Às vezes, quando estou em algum evento, por exemplo, em que o palestrante decide convidar a sua plateia para levantar de suas poltronas e participar de uma atividade de dinâmica, percebo que metade do auditório tem vontade de se “esconder” debaixo da poltrona. O ser humano é muito resistente às novidades e ao que está fora de seu controle. Mas, muitos que estavam ali, já deviam ter passado por alguma experiência que anteriormente não lhes agradou. Porém, já participei de grupos de dinâmicas onde as pessoas se envolveram de uma forma em que pareciam “enfeitiçadas” e não desejavam até mesmo irem embora ao termino das práticas. Queriam permanecer no local para falarem sobre as experiências ali ocorridas. As dinâmicas de grupo podem ser como “mágicas” ou como “tragédias” para um negócio.
As finalidades das dinâmicas de grupos
O profissional responsável pelas dinâmicas de grupos deve ter primeiramente os seus propósitos formulados. Esse recurso traz uma amplitude muito grande a quem for explorá-lo. Pode ser um importante elemento utilizado nas salas de aula, trazendo maior dinamismo ao ensino, favorecendo na harmonia entre a teoria e a prática e na assimilação de conteúdo das disciplinas aos alunos. Outras finalidades para o seu uso em treinamentos são as técnicas de simulação, provas situacionais que trazem novas reflexões e diferentes percepções aos colaboradores, contribuindo para a solução de alguns casos que se apresentam durante o trabalho. Esses processos são bastante enriquecedores, gerando melhores resultados no desempenho de suas atividades. As dinâmicas de grupos favorecem também para a integração de equipes, para o uso de diagnóstico organizacional e também são muito utilizadas na avaliação de seleção de candidatos. São valiosos instrumentos para profissional que pretende utilizá-las. Visam esclarecer alguns aspectos no desempenho de uma equipe ou indivíduo. Esse processo de avaliação não poderá depender somente das dinâmicas, deve ser complementado com outras técnicas.
Como já foi discutido anteriormente, em outro artigo, um processo seletivo nunca deve utilizar um único recurso para a avaliação do perfil do candidato ideal ao cargo almejado. De acordo com as competências necessárias para uma determinada vaga, serão avaliados os perfis que melhor se adaptarão às exigências, atendendo as necessidades da organização.
As dinâmicas de grupo quando realizadas com esse intuito, a análise de perfil para a seleção de pessoas, evidentemente não trarão em evidência todos os elementos da personalidade em que se deseja investigar para a vaga requisitada. É necessário um instrumento que complemente essas informações, como os testes psicológicos e as entrevistas. Porém, para determinados cargos, essa prática favorece na análise de importantes características dos envolvidos, como a capacidade de comunicação, a forma de lidar com a frustração, a iniciativa, a criatividade, a capacidade de planejamento, a competição, a colaboração, a liderança, entre outros. Porém, o coordenador desse processo também deve estar preparado para lidar com a sua equipe e não se perder na sua missão. Os candidatos, na maioria das vezes, tentam imaginar o que será analisado e muitas vezes deixam características de sua personalidade latentes e tentam se apresentar da melhor forma possível. Uma pessoa que necessita estar sempre opinando e mostrando a suas soluções para o grupo, nem sempre terá um perfil de líder ou de cooperativismo. Pode se tratar de alguém que é justamente o oposto dessas qualidades, não ter capacidade de empatia e não estar preparada para lidar com equipes. É necessário um olhar atento do mediador que supervisiona essa análise.
O mentor desse processo deve estar ciente às suas escolhas. Definir uma dinâmica não é algo simples. Não se deve pegar uma lista de tarefas já formuladas e simplesmente escolher aquela que mais simpatiza. Deve-se primeiramente analisar se a vaga disputada necessita realmente desse método para a escolha do seu novo colaborador. Definidas as competências, a dinâmica de grupo terá esse objetivo, o de investigar e ser eficaz para trazer a tona àquilo que se deseja investigar em cada candidato. Esse procedimento deve ser aplicado de forma precisa, cada etapa deve ser cumprida corretamente e mediada de forma adequada.
As responsabilidades com o uso dessa ferramenta
As dinâmicas de grupos devem ser utilizadas de forma cuidadosa. Seu mau uso pode levar a grandes consequências e trazer prejuízos para as empresas. Um diagnóstico errado ou a escolha de um candidato inadequado trarão grandes danos. Também poderão transformar o profissional responsável pela sua prática num grande “mágico” das organizações, contribuindo positivamente para muitos processos internos, auxiliando na descoberta de novos talentos e na solução de conflitos. Exigem consciência para o seu uso adequado e criatividade de quem conduzir essas técnicas.
A Fator Humano sendo uma das empresas de recursos humanos em Santos, desenvolve diversas atividades e dinâmicas em grupos, entre em contato aqui conosco.